quarta-feira, 9 de maio de 2012

Carlos Cachoeira o novo PC Farias?

Olá pessoal, passando aqui pra deixar uma reflexão.

Estava pensando sobre o Carlinhos Cachoeira e me veio a mente o PC Farias. Lembram dele? Em 1992 ele foi acusado pelo irmão do então presidente da república, Pedro Collor de Melo, de ser testa de ferro em diversos esquemas de corrupção no governo. Nas investigações levantadas ele teria se beneficiado com cerca de 15 milhões só nos dois primeiros anos do governo Collor, tudo dos cofres públicos. Investigações feitas pela polícia revelaram que PC movimentou 1 bilhão de verbas governamentais, ou melhor, desvio de verbas destinadas a obras públicas.

Citação de uma reportagem na êpoca das investigações.
"PC Farias teria controlado quase todos os ministérios durante o governo Collor e diversos setores da economia. O ex-tesoureiro da campanha de Collor teria manipulado grandes contratos do país através da indicação de funcionários no segundo e terceiro escalões do governo para alterar documentos, criar contas fantasmas e desviar, sem pistas, verbas que deveriam ser aplicadas em obras públicas, educação, saúde, segurança e previdência social."

A rede de contatos e as mais variadas formas de lavar o dinheiro levaram a polícia a investigar participação de PC com o Narcotráfico. Ao fim das investigações não houve uma confirmação se ele usava o tráfico apenas para lavar dinheiro, ou usava para ganhar mais dinheiro.

Como hoje no caso Cachoeira, muito políticos, empresários, lobbistas e membros do poder disseram não saber de nada e não participar deste esquema, inclusive o presidente da república à êpoca.

Mais coincidências? Tudo começou com uma entrevista de Pedro Collor na REVISTA VEJA, que no caso Cachoeira é suspeita de ser usada, ou melhor, de fornecer suas páginas a interesses políticos e empresariais. Será que esta história de manipulação da VEJA é mais antiga do que se pensa?

Agora uma diferença entre PC e Cachoeira. O PC foi tesoureiro da campanha de Collor, ou seja, supostamente tinha um acesso mais direto com muitos dos envolvidos e pode tê-los comprados a interesses políticos. Já o Cachoeira teve, também supostamente, que "remar" um pouco mais pra fazer os contatos. Ou quem sabe as investigações mostrem que ele, Cachoeira, tenha financiado campanhas, por baixo dos panos.

O Cachoeiragate, como tem sido chamado o caso por alguns veículos da imprensa, ainda vai dar muito pano pra manga e tem muito "magnata" se borrando. Abre o olho Cachoeira. Lembra como o PC morreu? Até hoje não se sabe ao certo ,mesmo com dois inquéritos finalizados, mas a rádio peão á êpoca gritava a todo o Brasil: QUEIMA DE ARQUIVO.

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